sábado, 26 de junho de 2010

A LENDA DO CORÓ

Certa vez chegou à aldeia dos índios que habitavam a Foz do Rio Coreaú um grande veleiro, vindo do além-mar. Homens muito brancos desembarcaram e, aos poucos, os nativos foram, muito desconfiados, se aproximando. Os visitantes eram criaturas diferentes, mas amistosos e, lentamente, a amizade se instalou entre estes dois povos.

O Grande Guerreiro Branco que chegara e possuía consigo uma estranha e perigosa arma que os nativos chamaram de pau-de-fogo ou pau do trovão, trouxera também, muitos presentes e a festa foi muito grande! Todos dançaram durante a noite ao redor da fogueira e a festa só acabou ao raiar do sol.

Junto com o Grande Guerreiro, veio sua bela filha de 18 anos que os nativos olhavam, embevecidos, aquela princesa de cabelos doirados. Logo passaram a chamá-la de Jacira, nome ligado à lua.

O filho do Cacique, Jovem Guerreiro, forte e muito bonito logo se apaixonou, perdidamente, pela Princesa Dourada e as atenções da moça também eram para ele. O namoro estava estabelecido! Mas não era um namoro segundo as regras dos brancos. Era uma manifestação de carinho e admiração muito baseada na contemplação. Assim, o Jovem Guerreiro passava horas olhando para aquela princesa sem sequer se atrever a tocá-la.

O dia em que Jacira tocou o Guerreiro apaixonado com suas delicadas mãos e beijou-lhe a face à moda de sua sociedade, o jovem Guerreiro sentiu o sangue ferver em suas veias e, naquela noite, dançou em torno da fogueira como nunca fizera antes.

Mas o tempo passou e o dia da partida dos visitantes infelizmente chegara...

Quando o jovem índio apaixonado soube que sua amada partiria para sempre, entrou em profunda tristeza. O cacique percebendo a dor de seu filho foi ao Pajé, grande feiticeiro, que já percebera a paixão do jovem pela filha do visitante. O Feiticeiro, comovido, preparou um feitiço poderoso e para tal usou a cabeça do coró, peixe muito saboroso que podia ser encontrado, facilmente, na foz do Rio Coreaú. Disse ao Cacique que esse feitiço deveria ser dado ao Grande Guerreiro Branco pai de Jacira. Alertou também que o efeito não era instantâneo e que eles partiriam mas, com o passar de muitas luas, voltariam...

Assim foi feito na véspera da partida. Um caldo feito da cabeça do peixe enfeitiçado foi servido, não só para o Grande Guerreiro Branco, mas também, para toda a tripulação do barco visitante.

No dia seguinte, após muito choro, eles partiram com muitas lágrimas de todos os lados. A princesa Jacira chorava debruçada na popa do barco e o triste Jovem Guerreiro, com um forte nó na garganta, se angustiava mesmo consolado pelo pai e pelo Pajé.

Muitas luas se passaram e, um certo dia, antes que os cajueiros florissem novamente, um menino índio chegou na oca do Grande Cacique, resfolegando, e dizendo: O grande barco voltou! Está lá!

Correram todos para a beira da praia e viram , no horizonte, o navio que crescia vagarosamente aos olhos do Cacique, de seu apaixonado filho e de toda tribo.

O desembarque foi festivo! O Grande Guerreiro Branco trouxera consigo Jacira e disse aos Índios que não partiria mais.

Estes visitantes fundaram uma grande sociedade às margens do Rio Coreaú que levou o nome de Camocim.

Tempos depois, o grande chefe, numa reunião de confraternização contou a todos a Lenda do Coró, pois que aqueles que tomarem do caldo da cabeça desse peixe, sempre voltavam ao paraíso encantado de Camocim para viver um grande sonho!

Ainda hoje, o feitiço está ativo e os visitantes que comem deste peixe encantado, sempre voltam e, alguns que se excedem no consumo dele, nem partem...

Rpires

O peixe chamado coró

O DORNIER: Do-X -1929 em Camocim

O Maior Hidroavião de década de 30!

Você já imaginou a cara de surpresa do Artur Queirós e do Ildemburgue, com seus 9 anos de idade, à Beira Mar de Camocim, quando assistiu a amerrizagem do avião gigante: O Do-X? E o povo da época? Os camocinenses se apinhavam à Beira Mar para admirar aquela máquina enorme, percussora dos Jumbos atuais

Ainda hoje, basta um pequeno avião passar que logo levantamos a cabeça para olhar! Neste caso, não foi um teco-teco qualquer que desceu em Camocim: O Do-X era um hidroplano de 12 motores, projetado para voar a baixa altitude: 500 metros no máximo!

Conta Artur Queirós que os barqueiros da época levavam, por uma pequena quantia, os curiosos, inclusive ele, num pequeno barco para ver, bem de perto o avião!

A Chegada

A Belonave pousou pela manhã, no dia 13 de junho de 1931 e ficou até a tardinha, parado, ali!, bem em frente da Estação Ferroviária. Nenhum passageiro desembarcou. Os barcos de apoio camocinenses carregavam combustível em latas de 20 litros que, aos pouco, iam suprindo o liquido precioso para acalmar a fome devoradora do Do-X que queimava 400 galões por hora, conta-nos o Sr. Ildenburgue que também, boquiaberto, assistiu aos seus nove anos de idade a visita insólita.

A notícia de que o Do-X estava no Brasil já havia se espalhado e, muitas pessoas em Fortaleza, esperavam por sua passagem, sobrevoando a Capital Alencarina. No inicio da tarde, zarpou em direção a Natal e depois rumo ao sul com destino ao Rio de Janeiro, frustrando, assim, o pessoal que esperava sua passagem pelo restante do "Siarah"...

O Avião

O que sabemos é que este gigante de doze motores, montados frente-costas sobre o centro das asas, acima, pesava 52 toneladas e foi construído na Alemanha, pelo Professor Claude Dornier, no estaleiro do Lago Constance. Fez seu primeiro vôo de teste no dia 12 de julho de 1929 sobre o mesmo lago. Mais adiante, fez outro vôo de uma hora: prova de fogo, em 21 de outubro de 1929, sobre o Lago Constance com 169 pessoas a bordo.

Seu tanque de combustível, comportava 16.000 litros e veio parar em Camocim n'um cruzeiro mundial, iniciado em 5 de novembro de 1930.

A Viagem

Sabe-se que sua rota começou na Europa, mais exatamente no Rio Reno até Amsterdã e, de lá, continuou a Calshot-Inglaterra, Bordeaux -França, La Coruna e Lisboa. Passando pelas Ilhas Canárias, seguiu ao longo da costa africana chegando a Camocim em 13 de junho, partindo, no mesmo dia, para Natal e chegando ao Rio de Janeiro no dia 20 de junho de 1931.

Descobrimos a viagem foi muito acidentada! Um acidente em Lisboa com fogo na asa esquerda, no dia 29 novembro, atrasou por mais de um mês a viagem pois o material levou seis semanas para chegar de Altenrhein. Na verdade, só decolou em 31 janeiro de 1931 indo para Las Palmas. Em Las Palma, outro problema! Uma esbarrada em um banco de areia paralisa a nave por 3 longos meses! Partiu em 3 de maio e, vários outros problemas, como por exemplo em Bolama-África dificultou a viagem por quatro semanas.a chegada ao Brasil foi conseguida. Sua estadia no Rio de Janeiro foi muito festejada pelo povo carioca que, como os camocinenses, se encantaram com o Navio Voador.

A Partida do Brasil

Finalmente, deixou o Brasil e voou para a América do Norte, passando alguns meses em Nova Iorque por causa do inverno. Em maio de 1932, voaram para Berlim e pousaram no Lago Müggelsee. Sua viagem total envolveu 43.000 Km. Sabe-se, também, que os motores originais Siemens - Júpiter, aqueciam demais e foram substituídos por motores Curtiss Conqueror de doze cilindros em V.

Um Triste Fim...

Infelizmente este avião não foi um projeto de muita sorte! Chegou desta viagem muito danificado e talvez, também, por consumir muito combustível, foi parar no Museu de Berlim. Por azar em 1943, foi destruído pelas chamas num bombardeio dos aliados. Além do Do-X, somente mais dois aviões deste modelo foram construídos e vendidos para Itália.

O Do-X em Camocim - Foto cedida por Artur Queirós

Características do Do-X

Nome: Dornier Do-X

Construtor: Prof. Claude Dornier

País: Alemanha

Tipo: Transporte civil.

Ano: 1929.

Motores: 12 - Curtiss de 12 cilindros, em V- Refrigerados a água - 600 hp.

Largura: 48 m

Cumprimento: 40,05 m.

Altura: 10,10 m

Peso na decolagem: 52 000 kg,

Velocidade de cruzeiro:190 km/h.

Velocidade máxima: 210 km/h.

Altitude máxima de vôo: 500 m

Autonomia: 1 700 km

Equipe: 10 pessoas

Passageiros: 72 pessoas

Pavimentos: 3

Inicial- de baixo- Combustível e bagagens;

Do meio: Passageiros;

Ultimo- superior: Piloto e equipe técnica

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Meu Eterno Amor a Camocim



Quando pararem, todos os relógios;
Todas as bússolas perderem os tinos;
Quando forem em vão os menológios,
E os dias selenciosos, sem meninos.

Quando se debotarem os necrológios
E se calarem, para sempre, os sinos;
Quando as traças comerem os eucológios,
E a morte completar nossos destinos,

Na solidão da Natureza morta,

Virá bater, à noite, em minha porta,
A cruel Saudade, a gritar por mim!

E eu, na brancura óssea derradeira,
Tendo de mim apenas a caveira,
Hei de te amar ainda, Camocim!

Raimundo Sotero

Cidade Ingrata

Ah! Camocim, mulher desnaturada,
Dezprezas teu amante, talvez poeta,
E cravas-me no peito aguda seta,
Que vibra forte da tua gargalhada

Ah! Camocim, mulher tão bem amada,
Jamais conhecerás a dor secreta
Do teu desprezo no meu peito asceta.
Não saberás da dor aqui guadada!

Amo-te, ó Camocim dilacerante,
Tal qual ama à mulher amada o amante.
Como ama o pecador a tentação.

Perdidamente, amo-te, afinal,
Diretamente proporcional
Ao teu desprezo, à tua ingratidão.

Raimundo Sotero.

Falando Um Pouco Sobre Nossa Cidade

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Parabéns Camocim

Ouça bem esta história
Que aqui vou lhe contar
Vou falar de Camocim
No norte do Ceará
Uma Terra encantadora
Que a você vou recitar
há 128 anos
Camocim se emancipou
Tendo porto e estrada de ferro
O povo por aqui ficou
Da família Gabriel
A pesca artesanal
Do artesanato da terra
Ao folclore local
De história e tradição
De energia contagiante
Que aguça a curiosidade
De todos visitantes
Imburanas, Tatajuba
Caraúbas, Gúriu
É um pouco do muito que temos a mostrar
Belas praias bonitas
Falésias e manguezais
Quem por ela passa
Não se esquece jamais
Agradeço a atenção
Que você me prestou
Obrigado seu doutor
Obrigado Cearazim
Se você gostou de mim
e também daqui assim
Volte logo, venha sim
Para terra Camocim.

créditos : Nayane Valentim [2°f]

Slide show de diversas imagens de nossa Cidade .

Camocim

A literatua brasileira está se renovando. Renovando seus costumes. Mostrando novas visões do mundo, novas perspectivas para as relações dos homens na terra. Revelando, no cotidiano, o que não se deve repetir e sim transformar. E nada disso veio do além, da fantasia, de um disco voador, nesta novela muito bem humorada escrita por Cardeal.

Os personagens de O TERRA E MAR são homens e mulheres reais, vindos de "outras terras, em grande parte", para manter o conteúdo ficcional, como próprio Cardeal faz questão ce ressaltar. São os personagens desse movimento permanente de partida do homem e da mulher que buscam um lugar mais seguro e tranquilo para trabalhar e nem sempre são atendidos.

Nesse contexto, Cardeal denuncia o bairrismo, a tradição, mostra a solidariedade e o companheirismo. Fala com simplicidade e energia dos dramas vividos pelos moradores de Camocim, os conflitos com os "visitantes", que chegam para "ficar um pouco e terminam ficando por longo tempo". As birras e desentendimentos com o poder local e deste com o de fora. As simpatias, amores e deserpero de nossa gente.

Com todas as dificuldades: o porto que não foi drenado, a obstrução da barra, as supertições do povo. E com todas as belezas naturais e artificiais: as salinas, a beira-mar, o rio da Cruz, a praia das barreiras, as ruas, becos e casas, que hoje já não existem mais.

Cardeal é um persongem novo dessa safra nova de escritores. O TERRA E MAR é fruto de um longo processo de estudo de personalidades e tipos de comportamentos dos homens, da literatura de cordel e de sua terra. É a homenagem de um cearense ao desenvolvimento do Ceará. Um protesto contra o desenvolvimento dos homens e a confissão apaixonada pelas belezas naturais de Camocim.


PAULO LUTOSA

Camocim: O Povo encanta-se com suas belezas naturais

Não Lembro o dia exato, mas sei que foi um dia marcante para mim, (No momento não sabia disso, porém o destino tinha reservado algo encantador na minha vida), estava em casa quando recebi um convite para passar as férias em uma cidade no litoral do Ceará, recusei a princípio, mas pensando melhor resolvi aceitar, afinal viajar era maravilhoso adorava conhecer novos lugares e seria uma experiência ótima.
Uma semana após a aceitação do convite estava já de mala pronta e com uma passagem com destino a Camocim, minha curiosidade era imensa, estava anciosa e exausta quando cheguei, foram quase dez horas de viagem. Desci do ônibus, minha amiga já aguardava na rodoviária por minha chegada. Como o cansaço era intenso só queria descansar, no dia seguinte ja descansada, começei uma aventura encantadora, fui privilegiada a estar presente a uma das grandes maravilhas da natureza, o encontro de um rio com o mar, que formava grandes "mantos" de águas serenas, em seu meio um grande lençol branco de dunas e coqueiros, tornava aquela paisagem ainda mais inexplicável, caminhei por horas sobre um sol escaldante, porém magnifíco. Mas esse era apenas o começo, os dias seguintes seriam ainda mais surpreendentes.
Pois fui a um dos cenários, moldado e arqitetado pela natureza: a praia das barreiras, onde falésias revestem o lugar, e nos leva a admirar de perto o verdadeiro espetáculo do nascer do sol e de longe o pôr-do-sol. Logo adiante do passeio deparei-me com uma paisagem fascinante conhecida como lago seco, uma espécie de lago utilizada, para o divertimento de muitos habitantes daquele cidade. Mas o passeio e as surpresas das belezas naturais de Camocim, não acabou por aí, pois minha amiga lovou-me para visitar um vilarejo, chamdo Maceió, um lugar diferente de todos os outros já vistos por mim, tinha uma costa marinha deslumbrante e rica em beleza, onde lá vivi um dos melhores luais da minha vida, pois a noite era clara por uma lua que refletia as águas do mar, no qual o vento soprava em meus cabelos.
O dia amanheceu e eu nem percebi que era de ir embora, pois tudo ali encantou-me com a vontade de ficar para sempre, mas infelizmente esse era o meu destino, porque o meu destino era apenas conhecer.
A aventura havia chegado ao fim, mas de uma coisa terei certeza: aquela cidade é maravilhosa e que jamais irei esquecer dessa passagem da minha vida, onde contemplei um dos maiores espetáculos da natureza, assisti um dos melhores lugares do mundo: CAMOCIM.


Aluna Saloma Ferreira de Melo 2º F

Camocim Lembranças: Crônica "A fonte Luminosa"


Não me lembro de um fato que me tenha causado maior agitação, quando crianças, que a inauguração da tão falada, na época, "Fonte Luminosa". S´o o nome causava, não só em mim, mas a toda meninada, bem como, no populacho geral, um certo quê de ministério e fantasia. Os Comentários eram levados boca a boca, e ficávamos a imaginar um turbilhão de formas, cada qual a sua maneira. Até que enfim chegou o tão esperado dia, e lá estava com minha mãe, juntamente com meus irmãos, e acredito quase toda a cidade, pois a Praça da Estação estava repleta. Regurgiava na referida praça uma enorme e diversificada multidão: Adultos, Jovens, mães com seus filhos, moças, rapazes, enfim, todos com o mesmo objetivo, ou seja: assistir à inauguração da já famosa "Fonte Lumisosa", que estava marcada para logo após a chegada do trem.Era grande pois a expectativa, e a praça, com o avanço da hora, ia enchendo-se cada vez mais, tanto pelas pessoas que comumente ali estavam para a chegada do trem, e nesta tarde também para a inauguração, juntando-se aos vendedores de balas, pipocas, pirulitos, cigarros, doces, brinquedos de madeir ( na época plástico era coisa rara) e demais quinquilharias próprias a tais ocasiões. O ruge-ruge aumentava com o passar das horas, e por falar em hora, não é que o danado do trem logo naquele dia resouvel atrasar, pois já passavam 15 minutos das 17:30h,: Horário da sua chegada habitual, e nada. Tal fato só servia para aumentar a expectativa geral. E lá estava ela, a tal fonte, incrustada bem na frente do majestoso prédio da estação, a uns cinco metros da calçada da mesma, constituindo-se de uma rola (círculo), comuma roda maior em seiu interior e a maior (roda) era inundada de água e bem no centro do c´irculo (como se fosse uma ilha). Havia uma espécie de jardim, com pedras e plantasetc... Na parte aquática nadavam peixes de variadas especies, dois peixes-boi, aruanã,cágado, variados, vários tipos de marrecos e patos, além de cinco majestosos cisnes. Enquanto que na ilha (roda central) ficavam animais de hábitos terrester, como: garças, seriemas ( aves da família dos pernaltas, que, tem por sinal é longa e fina), preás, coelhos, capivaras e para o colírio dos olhos principalmente da molecada, um filhote de jacaré. Toda a estrututa da obra era cercada externamente por um forte e alto alambrado que servia de proteção. O puro e simples visual da fonte já deixava a todos embevecidos, extasiados e triversejavam comentários. Uns afurmavam que nem na capital existia uma igual; outros diziam que ra coisa das Europa- um modelo francês;o certo é que a respeito do disse-me-disse, num ponto todos concordavam: era uam bela construção (obra), Agora só faltava inaugurar, para saciar o desejoo do povareu que ansiosamente aguardava. Faltavam 10 minutos para as 18:00h, quando se ouviu o tamge de um sino, la para as bandas do salgadinho. Logo em seguida soou um saldoso êplangente apito. Era o trem que estava chegando, e como sempre ao chegar, o velho roubava qualquer expetáculo, e não foi diferente desta vez. todos ( ou pelo menos a maioria) esquecendo momentaniamente a "FONTE "correram, adentrando a estação para espelá-lo, e ele (o trem) chegou- ramgendo, bufando, apitando,fazendo seu abitual estardalhaço,o que por nós, camocinenses, sempre soava como uma verdadeira sinfonia. Após a chegada, abraço, saldações,carregos e descarregos etc... O povão satisfeito por assistir a mais uma chagada do trem (sempre motivo de animação) ocorre novamente á praça da extação para o desfeicho final desta tarde histórica e alegre. A comitiva de autoridades, liderada pelo então prefeito já falecido Setembrino Veras - que não era homem de muitas delongas - foi logo altorizando o procedimento inaugural. Á ordem dada, tarefa executada! O operador entrou na casa de força ( motores) e ato contínuo acionou as bombas. Eram 18:25h. Deus todo poderoso!! Uh! Nossa! Viva! Virgem Santíssima!! A maravilha das maravilhas!!. Jatod d'água' impulsionados pelas motos-bombas emergiram de inúmeros locais colbrindo totalmente a grande circunferenci. Milhares de Gotículas multicores(amarelo, laranja, vermelho, verde, lilás, azul) devido aos holofotes internos, formavam um enleiode prismas que dançavam loucamente, ora vermelho rubi, verde esmeralda, amarelo ouro, azul turqueza. Um verdadeiro arco-iris de brilho e explendor. Lindo! Lindo! Hip! Urra!... A multidão delira e aplaude, hipnotizada por tão esfuziante espetáculo de beleza... Estava inaugurada a Fonte Luminosa. Infelizmente, com o passar do tempo, nossa querida " Fonte Luminosa" comçou a sofrer o inevitável descaso das autoridades, a exemplo do movimentado porto, a estrada de ferro ( trem) e de tantas outras boas causas que um dia tivemos. Os motores pifaram. Ajeita hoje! ajeita amanha! vem Peças da Capital! Nunca mais Foram Recuperados. Restou apenas a fonte ( não mais luminosa. Sobraram animais... Mas com o passar dos anos ( outras administrações), a velha fonte caiu no ostracismo do esquecimento. Os animais foram aos poucos morrendo ou sendo roubados. A ferrugem correu as estruturas metálicas. A maresia destruio a beleza arquitetônica e por fim, o progresso - em forma de trator - a varreu do mapa definitivamente para a construção de uma praça.
Autores:

Carlos Algusto.
Inácio Santos.
Avelar Santos.
Arthur Queiroz.
R.B.Sotero
Francisco Valmir Rocha

segunda-feira, 21 de junho de 2010


História de Camocim

Com apenas 128 anos de independência política, comemorados no dia 29 de setembro de 2007, a história de Camocim remonta ao ano de 1614, quando Jerônimo de Albuquerque instalou na embocadura de seu rio o quartel general para expulsar os franceses do Maranhão, comandados por La Ravardière.

Originalmente era apenas uma aldeia de índios e só em 1878 a povoação teve crescimento significativo, com a vinda de famílias de localidades próximas a fim de trabalhar na construção da estrada de ferro para Sobral.
Em meados de 1900 o Capitão norueguês M. L. Lorentzen aportou em Camocim com um carregamento de mercadorias e daí em diante o porto local desenvolveu-se com importação variada e exportação de produtos da região, especialmente de bois e alimentos para Belém e Manaus, durante o ciclo da borracha amazônica, até o começo da primeira guerra mundial em 1914.

Terra de muitos generais do Exército Brasileiro, Camocim tem em seu filho EUCLYDES PINTO MARTINS o nome mais expressivo, por seu pioneirismo, quando participou de famoso vôo New York – Rio de Janeiro, em 1922, amerissando em Camocim.

A literatura, as artes, o artesanato e as tradições populares de CAMOCIM são muito ricas, destacando-se os escritores RBSOTERO, CARLOS CARDEAL e ARTUR QUEIROZ; os pintores TOTÕE e EGLAUBER; o violonista BENONE e outros.
O Aviador Visionário

Euclydes Pinto Martins (Camocim, 15 de abril de 1892 - Rio de Janeiro, 12 de abril de 1924) foi um aviador camocinense, que ainda jovem e no fim do ano 1922 foi escolhido como parte da tripulação de um avião fretado pelo jornal "The New York World", que patrocinava a tentativa de uma viagem aérea pioneira entre as Américas do Norte e do Sul. Aquela foi uma época de grandes raides mas se hoje é ainda temerário sobrevoar a Amazônia em aeronaves pequenas, na década de 1920 isso quase beirava a loucura.

A viagem começou em Nova Iorque, em novembro de 1922, e terminou no Rio de Janeiro, em fevereiro de 1923, após terem sido cobertos os 5678 km do percurso com cem horas de vôo interrompidas a cada instante pelos mais variados problemas. O primeiro pouso em águas brasileiras ocorreu no dia 17 de novembro de 1922, quando Pinto Martins e seus colegas americanos amerrisaram na foz do rio Cunani, no Pará.


O episódio foi posteriormente narrado pelo próprio Pinto Martins a um repórter do Jornal O Estado do Pará: "Quando levantamos vôo de Caiena encontramos forte temporal pela proa. Rompemos o mau tempo com dificuldade, mas tivemos de procurar abrigo. Tomei a direção do aparelho (era o co-piloto da viagem) e depois de reconhecer o Rio Cunani aí descemos às 3h30min. O tempo lá fora era impetuoso e ameaçador. Não nos foi possível prosseguir e passamos a noite matando mosquitos e com bastante fome, pois não contávamos interromper a rota..."

Essa e outras aventuras tornaram a viagem New York-Rio uma terrível aventura de obstáculos, só superados pela coragem dos tripulantes.
Às 12h20min do dia 19 de dezembro de 1922, um grande pássaro de asas abertas, emitindo estranhos sons, chegava a Camocim. Era ele! O audacioso aviador que pousava em sua cidade natal, motivo de imensa festa e alegria para os camocinenses que participaram daquele momento histórico e do banquete, que lhe foi oferecido às 14h.

Pinto Martins foi também recepcionado pelo Presidente Artur Bernardes e recebeu um prêmio de 200 contos de réis por seu feito histórico. Viajou à Europa, voltou ao Rio e iniciou negociações para explorar petróleo. Foi quando ocorreu sua morte brutal, no dia 12 de abril de 1924. Até hoje o episódo não está bem explicado, mas Monteiro Lobato, em seu livro "Escândalo do Petróleo e do Ferro", sustenta que Pinto Martins foi vítima dos poderosos lobbies interessados em atrasar o desenvolvimento brasileiro.

A verdade talvez nunca venha a ser conhecida. Uma versão para a sua morte é a de que, após discutir com seu companheiro de viagem Walter Hinton, ele sacou de uma arma e suicidou-se na frente de sua amante.
Em 1952, atendendo às aspirações dos seus conterrâneos, o Presidente Café Filho sancionou Lei no Congresso oficializando o nome de Pinto Martins para o aeroporto da capital cearense. Justiça, mas ainda pequena, para o homem dinâmico que na década de 1920 soube antever a importância econômica da ligação aérea regular entre os Estados Unidos e o Brasil. E que teve ainda a coragem de investir na exploração de petróleo no país, quando isso era por todos apontado como uma loucura. A viagem New York-Rio de Janeiro também era insana, mas ele a concluiu. O Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, hoje leva seu nome, assim como o Campo de Pouso de Camocim.


Antiga Estação Ferroviária
Arquitetura de estilo eclético, datada de 1881. Obra tombada pelo Patrimônio Estadual. Em administrações anteriores abrigou a Casa de Cultura e Desporto do município, o Campus de Difusão Tecnológica da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, e atualmente abriga a Prefeitura Municipal de Camocim.


Igreja Matriz de Bom Jesus dos Navegantes
Construída pelo Padre José Augusto da Silva. Templo moderno, arejado e de acústica muito boa foi inaugurada e abençoada pelo então bispo de Sobral D. José Tupinambá da Frota no ano de 1919. A estátua do Bom Jesus dos Navegantes é uma linda imagem de tamanho natural. Na igreja jazem os restos mortais do Dr. José Privat, engenheiro, que construiu a estrada de ferro e a Igreja Matriz. Fica situada na Praça Severino Morel.


Praça do Amor
Situada à margem do Rio Coreaú, a “Pracinha do Amor” recebeu esse nome por ter um clima propício para os namorados trocarem juras de amor. No período de Carnaval, o tradicional “mela-mela” acontece aqui. Construída em 1971, fica situada a Rua Engenheiro Privat com a Av. Beira Mar.


Praça Pinto Martins
Construída em homenagem ao aviador Euclydes Pinto Martins, filho de Camocim, em comemoração ao centenário de Camocim, em 29/09/1979.
Praça recém reformada para comemorar a cada dia 15 de Abril o Dia Municipal do Aviador Euclydes Pinto Martins situada a Rua 24 de maio, esquina com Alcindo Rocha.


Praça Sinhá Trévia ou Praça da Rodoviária
Construída entre os anos de 1978 e 1981, está localizada sobre um antigo cemitério e na sua reforma foram descobertos restos mortais que foram transladados para o monumento central situado naquela praça, fato que trouxe grande comoção para a população. Em 2006 passou por mais uma reforma, onde ficaram mais evidenciados os aspectos de modernidade e estética.


Mercado Central
Construído na década de 20 é considerado umas das mais belas obras de arquitetura original,atualmente em fase de reforma. Abriga comerciantes que vendem carnes, peixes, ovos, frutas e verduras, artesanato em barro, entre outras mercadorias. É o coração do centro da cidade.


Casa do Engenheiro da Ferrovia
De arquitetura eclética, data da mesma época da Estação Ferroviária, 1881, foi testemunha do período áureo do município, onde se evidenciou um forte movimento na área de importação e exportação de produtos que chegavam através do Porto. Hoje abriga a Academia Camocinense de Letras.

domingo, 20 de junho de 2010

Hino de Camocim

Vejo ao longe ondear o oceano
em caixões de espumas pro céus
Camocim entre as ondas boiando,
vai cantando louvores a Deus.

Quem viu tuas praias de alvura sem par
Pede a Deus te conserve formosa
Sempre airosa ,"princesa do mar"
Quem viu tuas velas vogando ao luar.
Tem vontade de sempre te amar.
Sempre,sempre "Rainha do mar"

Verdes mares bravios do norte
A lutar nesse eterno fragor
Como vós nosso povo é tão forte,
Tão feroz,pertinaz,lutador.

Deus não queira que a luz radiante.
Se apague dos céus sem que eu veja.
Teus coqueiros gentis ondulantes
Sem que junto a tí eu esteja.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Poesia Sobre Camocim

Camocim de Lindas Praias
E Bonitos Manguezais
Tua Beleza nos basta
Mas sempre queremos mais

Tu és o orgulho
De Todo camocinense
E temos mais orgulho ainda
De sermos Cearenses

Tem a Praia das Barreiras
O bonito Maceió
O grande Lago Seco
Existe beleza maior